sábado, 9 de maio de 2009

Uma homenagem ao amigo e mestre CAFI

Uma imagem de 6 segundos
uma pipa
um céu
cores
fotografia
maracatu
um telhado
um menino
São Paulo



SURUBIM

Descobrindo SURUBIM
partes do documentário
uma conversa para SURUBIM
buscando essa entidade

domingo, 12 de abril de 2009

Cidades Cidades

Escrevo a vocês minha agonia e paixão

truncadamente tento

MERDA

cidades cidades



Uma prosa.

Olá a todos

Serpentinas!!!


Venho aqui para falar com cada um desse email-comunicador.
Envio a vocês essa prosa, pois cada um aqui eu já conversei filosofei sobre o que agora vou tentar falar.
Que é a questão da lei Rouanet nos corpos a se mexerem.
Ou melhor, sobre os corpos a se mexerem para mexer a lei.

Participei a alguns dias atrás aqui em São Paulo da reunião entre MINC, FUNARTE e "trabalhadores de teatro”
que na verdade era uma comissão, onde se dizia serem umas 40 entidades. E ali elas se apresentaram não só como entidades, mas como segmentos artísticos, e cada segmento representavam os grupos envolvidos.
Na reunião falavam em nome da “arte do país” alguns desses artistas e mobilizadores da reunião assim como da ocupação na FUNARTE de SP feita alguns dias antes. - Ocupação que acabou atrasando a reunião sobre os pontos de cultura mas isso fica para o passado. Há coisas importantes que tocarão nela de novo. -

Basicamente, duas coisas; uma é que São Paulo me deixa eufórico e um tanto animado quanto a articulação entre artistas para debater a lei Rouanet, como todos sabem de nível nacional. Isso não vi em nenhum momento no pouco tempo que estive no Rio ano passado. Em São Paulo a discussão vai pro concreto da lei, sua mudança, melhora ou, o que for. Porém uma outra coisa faz cair por terra essa agilidade de mobilização. São esses grupos se intitularem a cultura do país. E é aí que é bizarro. Mesmo que esses grupos sejam por enquanto os únicos a se articularem, eles esquecem que fazem parte de um bem pequeno trecho do país para o que seria a verdadeira distribuição de verba para o país inteiro. E mesmo assim falam e tomam partido da lei como representantes da cultura do país. Você não vê nesse grupo a mobilização de chamado para outros grupos ou até mesmo indivíduos. Pois arte se faz nessas atmosferas. Alguns trabalham em coletivos, outros sozinhos e todos para o mesmo fim - assim espero - que é atingir um público X. E o que mais ouço é “...atingir o entorno de onde atuamos...”. Quem comparecer a essas reuniões logo vê que é simplesmente um grupo dentro desse coletivo de grupos que decidem; porque entendem ou... Acho louvável a liderança, mas, repito, existem várias idéias e novas formas e muitos indivíduos também trabalhando ou necessitando trabalhar através de leis e editais. E como criar coalisão, re-ligação e não movimento(?), porque ninguém se movimenta. Seria importantíssimo se esse grupo que tem mais de 40 grupos e entidades se juntassem para difundir as questões sobre a lei Rouanet aí sim daríamos um salto. Estimular os teatro e grupos do país a se articularem. Mas eu vi e vejo simplesmente um núcleo em busca do seu e para seu núcleo. E o mais importante nesse momento é o país todo se mobilizar, não só pela melhoria da lei Rouanet como para a PEC-150, o fundo da cultura e seus desdobramentos e por aí vai.

Entender melhor. Entender de verdade.
Por isso venho aqui para pedir revogar clamar gritar e dar esse chute para que todos participem.

Conseguir se mobilizar onde estiver para reuniões e entendimento da proposta do MINC para a lei, as propostas que saem daqui de São Paulo... E fazer isso em encontros organizados pela FUNARTE como está sendo feito aqui. A FUNARTE se propôs em São Paulo, através da Ester Góes que dirige os espaços da FUNARTE em São Paulo, ceder o seu espaço na Santa Cecília para discussões e reuniões gerais, todas as áreas, e os segmentos separados; reuniões de busca da identificação do segmento dentro da lei e etc. E não sabendo, volto a questionar o que isso tudo vai ter de positivo se só essa cidade por enquanto, só por esses grupos se articularem e se mexerem. A dinâmica da produção de outras cidades são particulares. As experiências tem de aparecer. Participações. Senão elas ficam na sala de visita. Ou em reclamações em botequins sobre a lei. Não dá pra os artistas na hora de meterem a mão na massa virarem comadres a ficarem em casa lendo seu livro ou vendo tv.

É preciso ir lá, mexer, futucar e contribuir, principalmente contribuir. É um momento bem importante que ganha significado e mais importância quando nós damos a ela o devido valor, e é o valor do nosso "trabalho"; ou melhor, da nossa "criação". Essa lei que irá e está sendo mexida ficará conosco por alguns mais 18 anos. E é agora a hora métrica de botar idéias para funcionar e estimular um revigoramento da lei. Parar de reclamar. Porque também por mais que lutemos sempre teremos os tetos para perdermos o conquistado.

É uma luta maior, de uma amor maior.

É preciso todas as cidades, - pelo menos que inicie com as que tem FUNARTE - reivindicarem reuniões e que a FUNARTE seja um pólo comum de comunicação. Que a FUNARTE encurte a distância dos estados e cidades, criando um fórum de transformação para a Rouanet. Sem a moleza falsa da democracia mas a dinâmica criadora de artistas e o sistema. Sem chororo. Que é o que mais vejo. E os que não reclamam se juntam em blocos monolíticos e que farão a diferença na re-feitura dessa lei entre outras. Nada contra eles, porém a favor de todos artistas.

Nessas reuniões que me propus a participar para encontrar concretamente onde está a UNIVERSIDADE LIVRE, afim de contribuir para o Dulcina, o teatro, como foi proposto pelo Sergio Mamberti e o Marcelo da FUNARTE. - Já que eles não abririam o teatro continuaríamos na porta em parceria com FUNARTE. - Um caminho surgiu. O representante do MINC comentou no momento em que se discutia a distribuição das verbas nos fundos sobre as pesquisas de artistas. "Onde estão as pesquisas?" Pronto; só isso se falou e bastou. É ali nas pesquisas de artistas que nasce dentro da lei Rouanet a possibilidade dessa universidade como Centro de Pesquisas acontecer de verdade; e nasce completamente fora de qualquer plano de educação, nasce na e da cultura. Descobri-la possível dentro da lei estimula outros pontos do sonho. E assim vamos estudar e entender como seria proposto esse fundo para Pesquisas que representam as universidades antropofágica e como ela poderia e deveria estar na ação e não só no intelecto. Que ela contribua ativando espaços públicos e enfim... porque digo isso inocentemente? Porque de um sonho de uma universidade livre no prédio do Dulcina depois e na sua luta, de querer e sempre tentar mostrar a todos que o teatro Dulcina seria um espaço principalmente para a ocupação Manuel Congo que está de frente ao teatro na Alcindo Guanabara, Cinelandia, surge enfim um lugar concreto dentro dessa mobilização cultural que nasce em Sampa e que é e deve ser de todo o país por seus artistas.

E já que a mídia não divulga esses acontecimentos para a sociedade, essa mídia preguiçosa, vamos nós através de nossos meios e órgãos criar pontos de encontro e comunicação afim de contribuir mesmo para esse momento. Sem utopismo. No concreto, no trabalho real, na proposta real, sem o niilismo de artista, da preguiça, da velhice... A velhice não tem idade, tem estado é de lentidão. Vamos botar as energias que temos para não reclamarmos no futuro e ficarmos estagnados sem verba ou instrumentos que diminuam a distancia entre produção e a vida dessa produção.

É estando presente que descobrimos onde e como contribuir.

E só mais uma última coisa que me incomoda profundamente. Os artistas fazem uma reclamação, mas sem propor uma solução; Todos reclamam que daqui a pouco acaba o governo, entra eleição e fu... tudo. - Digo em relação à FUNARTE - Porque nós, não propomos que a FUNARTE tenha um presidente escolhido por artistas, nós? Que a questão partidária passe longe ou numa outra proximidade com esse órgão. Diminuiria a esquizofrenia que existe como quando ao conversar com o artista-presidente Sérgio Mamberti, que está com uma pemba nas mãos, e que no final das contas ainda defende e luta pelo PT. Sem tirar os méritos dele ou de seu amor a isso... mas a favor dele como artista que está lá por acreditar na arte; não esquecendo o estado caótico atual da FUNARTE acentuado também pela gestão anterior; e que mesmo assim está abrindo o órgão e propondo mais do que a simples comunicação e diálogo. Mas uma afinidade de ações próximas de todas as instâncias da FUNARTE que tem como nome uma direção precisa FUNDAÇÃO NACIONAL DE ARTES.
Vamos lá
todos nos encontrar cada um em sua cidade
conhecer a FUNARTE
se interar nas mudanças

nos comunicarmos

sabermos das experiências e idéias
e descentralizar o giro da grana.

o país é enorme!

Amor
Fredyn
um aprendiz
bycho carpynteyro

Comunicação com o São MAnuel

Ola ocupação Manuel Congo
Aqui quem fala é Fredynho.
Venho aqui como indivíduo e como Dulcynelandico. Antes de qualquer coisa parabéns pela conquista do prédio do INSS, que nós nos CHUTES acompanhamos. Fico feliz porque já vi um prédio com uma ocupação que não deu certo, mas que gerou o Movimento Bixigão. E agora vendo o feito de vocês se torna cada vez mais próximo a realização concreta de um projeto inovador, agregando moradia e cultura.
E como vocês se lembram nós iniciamos a ocupação na frente do teatro Dulcina juntos, e sempre projetamos que o teatro fosse e será uma universidade, um centro de pesquisa para a ocupação, que representa os trabalhadores e moradores do Rio de Janeiro. Não que seja restringido só a ela, mas que os tem como público alvo e principal. Afinal, o prédio Manuel Congo é de frente para o teatro Dulcina. E qualquer artista ou órgão público responsável por educação ou cultura que não enxergar isso, não está presente nesse momento importante para a política cultural e para a cabeça dos artistas.
Nossa saída do Rio - essa parte que veio para São Paulo - , veio na missão de conseguir abrir o teatro fazendo e montando A MORTA à distância.
Como?
Em São Paulo contamos com o apoio do Movimento Bixigão. Trabalho do qual fiz parte em sua nascença. Trabalho que foi iniciado com o livro OS SERTÕES de Euclides. Fizemos do livro o início da uma universidade livre que se chama Movimento Bixigão, hoje ponto de cultura. Os Sertões história de Canudos, só para lembrar, foi o primeiro assentamento de sem terra, ou melhor dizendo, depois de sua destruição total o que restou e nasceu de Canudos como força sertaneja de vida foi o propulsor do que conhecemos hoje como Movimento dos Sem Terra.
A parceria com o Bixigão é para fortalecer a briga sobre o teatro de estádio em São Paulo, mais as idéias espalhadas pelo país sobre Universidades Livres.
No início do ano o atual presidente da FUNARTE Sérgio Mamberti, a par da nossa luta a favor da abertura do Dulcina como um espaço diferente dos espaços de criação e teatro do Rio, nos convocou para uma reunião. Onde ele nos declarou que não poderia abrir o teatro para iniciar um trabalho lá dentro. E nós sabendo de todos os tramites burocráticos estruturais do teatro propusemos alternativas que foram encaminhadas da seguinte forma.
Como a FUNARTE não quer mais que façamos o que eles chamaram de “voluntarismo”, fomos encaminhados ao Marcelo responsável pelos espaços da FUNARTE no país, para em comunicação com ele podermos contribuir nas idéias de como seria o teatro Dulcina num outro formato vivo de atuação na Cinelandia. Com a parceria do Bixigão, temos o mínimo de estrutura material para desenvolver as universidades, desenvolver trabalhos, aulas e etc. Terminando a primeira parte da peça A MORTA- O PAÍS DO INDIVÍDUO- levaremos ao Rio esse material onde declararemos que para que o trabalho se inicie no Rio seria preciso de o mínimo de estrutura para os artistas que querem trabalhar na porta do teatro como uma universidade livre, como está sendo o Bixigão em São Paulo. Essa estrutura material seria para um trabalho de oficinas com a Ocupação Manuel Congo. Assim estaríamos contribuindo para que o prédio de vocês abarcassem essa estrutura como se estivéssemos dentro do teatro. E esperamos que o Sergio Mamberti matenha sua palavra para que possamos começar um trabalho com o mínimo de estrutura já que eles disseram que não queriam que fizéssemos esse “voluntarismo”. Para isso e pensando nisso gostaríamos que vocês ficassem a par desse momento. Que assim como vocês que se estruturam, nós agora também nos preparamos para implantar algo aí no Dulcina que sejam para os artistas e principalmente a Ocupação. Sem distinção de cultura, religião ou o que for. E sim a favor de uma outra forma de desenvolver obras artísticas e educação.
E claro, vai depender da nossa relação para podermos ter essa conquista para a cultura. Um Bixigão na porta do Dulcina, com vocês. Para isso estamos aqui em São Paulo afim de ampliar a dimensão da atuação do próprio teatro Dulcina. Ficam aí no rio Karina e Alexandra trabalhando no patrimônio imaterial da Dulcina que fortalecerá nossa atuação em prol do teatro ainda abandonado. Estamos em fase inicial de final do primeiro quadro, onde apresentaremos o processo pela primeira vez em São Paulo com teste-ensaio aberto – como os que eram feitos nos Chutes porém com estrutura – faremos uma participação na virada cultural, evento importante que faz São Paulo funcionar 24 horas num final de semana; e esperamos assim poder difundir o trabalho desejado a ser feito na porta do Dulcina, assim como o projeto de moradia de vocês que é uma grande conquista. E depois de maio, vamos ao Rio para pedir essa estrutura à FUNARTE e iniciar os trabalhos. Não é uma estrutura para os artistas do Dulcynelandia, e sim uma estrutura para se trabalhar com a ocupação Manuel Congo cultura e educação. Então esperaremos a resposta que vai ditar a continuidade dos trabalhos, e o surgimento do Segundo Quadro.
Queremos que vocês estejam participando disso.
Espero que agente consiga manter nossa relação pela cultura e educação a ser colocada nessa porta para adentrar o teatro. Pois se em São Paulo conseguimos fazer o Bixigão ser um trabalho que caminha hoje, o Rio merece, a Ocupação pela luta de vocês merece uma estrutura diferente para o Dulcina.
Muitas saudades de todos
Fica meu carinho e agradecimento
Ao prédio inteiro
E aos mais próximos
Lurdinha, Pequeno, Raquel, Maxwell, todos os adolescentes que ficavam na porta assistindo os CHUTES...
Todo amor
Fredy Állan
M.D.

ÀMORTA
O Poder do Cronograma
O Poder sobre o Cronograma
O Cronograma do Poder
Universidade da descoberta da direção da peça À MORTA e sua criação Boneco Vivo

O Movimento Dulcynelandia chegou em São Paulo.
E no aniversário da Dulcina de Moraes dia 3 de fevereiro os indivíduos desse trabalho que vieram do Rio re-começaram a peça A MORTA agora virada À MORTA. Chegando em São Paulo o grupo que havia ensaiado a peça A MORTA de Oswald de Andrade e praticado na guerrilha dos Chutes no Rio, encontra aqui além de novos atores, músicos e novos parceiros o desejo de cada um para uma forma diferente de fazer uma música, um filme, uma peça...
O mais interessante que São Paulo dá a dimensão do compromisso, do cronograma, para se poder andar e se locomover na cidade e produzir. Assim criamos cronogramas, também para irmos entendendo esse momento do Dulcynelandia que veio do Rio, a chegada de novas pessoas a relação do Dulcina, FUNARTE...
E como qualquer cronograma, ele tem sido vivo, porém diferente até de outras experiências pessoais, a paixão e delírio criada nessa peça desembocou e desembocando anda em criações plásticas e práticas; desde a ação da filosofia do filme-peça-boneco até figurinos, sons,a edição e a oportunidade de todo mundo que quiser acompanhar. E em duas semanas conseguimos ultrapassar o compromisso com o cronograma e entramos no compromisso com a criação.
E bailando sobre esse mapa cronograma
Descobrimos a presença em outro estado, outro plano, outra forma... o que ao invés de nos afastar está fazendo a vontade de criar juntos ser maior do que a possibilidade de criar só via internet. Assim descobrimos outra potência da virtualidade. Tudo isso em montagem e expressão na criação dessa peça, nas falas da Beatriz. No filme on line. Nas músicas sendo feitas. Na relação com o Bixigão. O bixiga.
É impressionante e alegre poder ver cada indivíduo produzindo uma universidade trocando e desenvolvendo algo coletivo e porque não dizer belo mesmo, xamânico e guerrilheiro, tudo de resistência. Tudo que quer um novo... Porém não com em cima e embaixo e lado.
O D’Nega por exemplo, você vê aquele cara, saido do Rio – onde viveu desde jovem vindo de Recife - trazendo a poesia da Ocupação Manuel Congo do qual ele tem toda a responsabilidade de difusão desse movimento, ao mesmo tempo descobrindo seu ator, refinando seu músico... Pegando aquele livro pai e comendo-o não lendo... Vivendo no seu corpo entendendo todos os primeiros pontos independentes de crescimento que um ator pode ter... se informar, experimentar, escutar... e assim vai nesse momento buscando esse super objetivo, comer a idéia do super objetivo...
O Rafa, agora fazendo O Poeta começa a se expressar como poeta não no seu lado ator simplesmente, do qual ele vem se questionando e por isso vejo-o em são Paulo... mas está conseguindo colocar o poeta dele, que desenha, o poeta apolíneo.... ou mesmo o poeta ático!!!! Criando toda uma textura e imagens com a Colméia do Conhecimento, corpo visual, primeira camada da chegada da Rádio Nirvana em pontos do Bixiga... Sem contar a questão que ele se coloca como ator, como disse... aqui ele me faz descobrir junto a ele nos ensaios o poder da crítica, e o poder de atuar sem o preconceito da crítica nossa maior busca; desvencilhando do teatro do Rio; mesmo o teatro que não é muito a favor dos monólogos lá encenados que tem a crítica e escracho, a produção do sentimento e da emoção fica no plano da negação do que existe e não na construção de algo outro. Aqui estamos vivendo no corpo isso. Essa volta sobre si.
O Aca embora ainda me pareça estar tímido com seus estudos, tem o corpo mais presente nos ensaios, é tão presente que extravasa nos seus braços na excitação... E sendo ele afim de trabalhar o Hierofante como um bastão retirá-lo para fora de si e poder trabalhar o jogo tem sido uma grande morte e uma grande presença. Não que segurando seus braços ele será um melhor ator, ou pior ator se os mexe tanto...não. Creio já termos ido para um outro lado da percepção do nosso corpo para essa peça, nossa tresvaloração. O mais interessante está sendo que - mesmo que do subconsciente coletivo - estamos parando nos valores das atuações, ao invés de valorá-las estamos fatiando a peça lentamente saborosamente. E o personagem dele é para isso. Sua presença é total e isso traz o teatro a possibilidade de fazer nascer esse teatro.
Fora eles, tem as pessoas novas. Chegam novos corpos da produção desse corpo para ser queimado. Novas sete novas coragens em cada um.
A Barbara por exemplo vem agora de Beatriz assimilando como ela diz todas as mulheres, inclusive quem passou por essa Beatriz no Rio, e todas as Atrizes. É doloroso. Emocionante. E a emoção vem fácil para a personagem, a atriz nem se fala. Ta sendo cavalo. Corpo em resistência vivendo a criação desse boneco que é ela fora dela, produzindo voz sintética... E vive a questão da personagem : BE Atriz. Ser atriz. Ah! O mais importante; está imprimindo esses sentimentos.
A Naná literalmente chegou sem saber que chegou sendo A OUTRA. Todas as idéias dela por mais que ainda estejam em estado de reconhecimento, subterrâneo em si – afinal estamos no Páis do Indivíduo dentro da montagem - , para podermos criar e imprimir ela está presente não só pela sua presença física, vai é um pouco mais pralém, - pelo carinho e a emoção das descobertas facilmente reconhecível em seus olhos... e nos ensiaos, ou nas filmagens que fizemos se você atentasse a escuta ouviria a música dela falando o texto da Beatriz enquanto maquiava a atriz para a filmagem teatro laboratório... o que produziu imagens lindas... o comentário de idéias ainda guardadas para serem expostas e abertas do abscesso fechado... ela tá segurando a Be-Atriz no seu alter ego, está sendo A OUTRA. Embora a personagem A OUTRA seja um coro, ela vem naiscendo coriféia.
Isso falando dentro do que vejo e do que me propus com todos na MORTA. Existe muito mais em cada um do que consigo agora descrever já que nossa criação é constante e agora em difusão.
AH!
Mais os músicos Victor, Ale, Luiz, Xicó e Fadel.
O Luiz, o mais presente começa a soltar alguns estudos das coisas que temos descoberto para a música, referencias idéias partituras, até sua colocação no trabalho silenciosa.
O Xicó e o Fadel estão chegando devagarinho, para a questão sonora digital virtualizada. Enquanto o lado ao vivo, vivo e acústico elétrico o Victor, Ale e Luiz darão conta na peça viva. Para a trilha tudo de som e música criação fica por conta da mesma.
Ah! Sem esquecer o Yoda, atuante no Dulcynelandia como Bixigão ou é um saci mesmo. Parceiro que tem sido uma enfermeira Sonabula, quem mais conhece daqueles computadores com os sistemas de software livre-sssssssssssss...
Esse coro de sacis que se propôs se comunicar com o Rio para abrir o teatro Dulcina, produz com parceria do Bixigão tanto a realização dessa obra homenagem À MORTA-Dulcina(s) como realização de uma obra de universidades, onde o Bixigão com a estrutura em filosofia física possibilita a todos saberem que será necessário a FUNARTE propor o mínimo de estrutura para os CHUTES surgirem esse ano como universidades através de um trabalho com crianças da ocupação Manuel Congo e os artistas interessados na renovação do Teatro Dulcina, já que a posição do presidente Sérgio Mamberti na última reunião - convocada por ele mesmo - foi de que eles não queriam mais que nós, sacis, fizéssemos “voluntarialismo” para com o espaço público. Reproduzindo o que ele disse e disse para nós para mim eu estava lá : “- Não queremos mais que vocês façam voluntarialismo...’Ah! o governo não faz vamos nós lá fazer.’ Não. Nós queremos que seja um trabalho em conjunto.” Sem privilégios. O que nós mais lutamos contra, e por isso sempre se juntou pessoas na porta do teatro e o trabalho de universidades oficinas aconteceria dentro do teatro, prédio, com a Ocupação Manuel Congo, ocupação de um prédio de frente para o teatro, que foi comprado do INSS pelo MNLM - Movimento Nacional de Luta pela Moradia - . Do qual com a conquista desse prédio através de um projeto de moradia para os trabalhadores no centro do Rio de Janeiro, merecem ter um teatro, até o prédio inteiro para uma educação cultural viva com os artistas que ali circularem e as crianças adultos e todo o público do centro.
E como ele também disse que o teatro não abriria agora pois a FUNARTE estava se organizando com essa nova direção, ele nos abriu a oportunidade de propor para a FUNARTE representado pelo Marcelo uma idéia para o Dulcina; dissemos de continuarmos na porta fazendo um experimento vivo de como seria um trabalho dentro do teatro. Não só nós do Dulcynelandia que resolvemos levantar a À MORTA e pra isso saímos do Rio para um intercâmbio de universidade livre antropofágica, os artistas do Rio esperam a renovação e a abertura desse teatro. Por isso todos lutam agora para que os CHUTES re-aconteça em outro formato e com uma parceria da FUNARTE para que o Teatro continue vivo, como ficou vivo desde a ocupação na porta aos domingos nos CHUTES, com vários artistas e públicos de diversos tipos. Que a FUNARTE apóie os primeiros trabalhos com a Ocupação Manuel Congo outros artistas e a proposta do Dulcynelandia pela Karina e Alexandra em suas universidades no Rio.
Vamos continuando À MORTA. E para que todos acompanhem estaremos on line com os vídeo da peça que são a entrada de São Oswwwaldo, as memórias de BEATRIZ - COLAR TRUNCADO. Vocês podem ler o texto também e está no blog do movimento que logo logo virará um site.
Fica aqui declarado minha universidade de descobrir a direção da ÀMORTA e a criação de seu boneco. Pretendo toda semana levantar um texto dossiê sobre os avanços dos ensaios as idéias indivíduos e descobertas. Sendo assim um ponto de comunicação com o espaço Dulcina que vai além do virtual para nós aqui em Sampa, pois mantém a presença de criação em relação ao Dulcina porém em um lugar onde, além da estrutura, ganhamos força na questão da busca da UNIVERSIDADE LIVRE.
Agradecido a todos pela força e continuidade
À vocês companheiros nessa difícil aterrissagem
Em frente
Sorridente
São Oswaldo.
Diário Confesisonal
11 de março de 2009
Diretamente do PAÍS DA CAATINGA