domingo, 12 de abril de 2009

ÀMORTA
O Poder do Cronograma
O Poder sobre o Cronograma
O Cronograma do Poder
Universidade da descoberta da direção da peça À MORTA e sua criação Boneco Vivo

O Movimento Dulcynelandia chegou em São Paulo.
E no aniversário da Dulcina de Moraes dia 3 de fevereiro os indivíduos desse trabalho que vieram do Rio re-começaram a peça A MORTA agora virada À MORTA. Chegando em São Paulo o grupo que havia ensaiado a peça A MORTA de Oswald de Andrade e praticado na guerrilha dos Chutes no Rio, encontra aqui além de novos atores, músicos e novos parceiros o desejo de cada um para uma forma diferente de fazer uma música, um filme, uma peça...
O mais interessante que São Paulo dá a dimensão do compromisso, do cronograma, para se poder andar e se locomover na cidade e produzir. Assim criamos cronogramas, também para irmos entendendo esse momento do Dulcynelandia que veio do Rio, a chegada de novas pessoas a relação do Dulcina, FUNARTE...
E como qualquer cronograma, ele tem sido vivo, porém diferente até de outras experiências pessoais, a paixão e delírio criada nessa peça desembocou e desembocando anda em criações plásticas e práticas; desde a ação da filosofia do filme-peça-boneco até figurinos, sons,a edição e a oportunidade de todo mundo que quiser acompanhar. E em duas semanas conseguimos ultrapassar o compromisso com o cronograma e entramos no compromisso com a criação.
E bailando sobre esse mapa cronograma
Descobrimos a presença em outro estado, outro plano, outra forma... o que ao invés de nos afastar está fazendo a vontade de criar juntos ser maior do que a possibilidade de criar só via internet. Assim descobrimos outra potência da virtualidade. Tudo isso em montagem e expressão na criação dessa peça, nas falas da Beatriz. No filme on line. Nas músicas sendo feitas. Na relação com o Bixigão. O bixiga.
É impressionante e alegre poder ver cada indivíduo produzindo uma universidade trocando e desenvolvendo algo coletivo e porque não dizer belo mesmo, xamânico e guerrilheiro, tudo de resistência. Tudo que quer um novo... Porém não com em cima e embaixo e lado.
O D’Nega por exemplo, você vê aquele cara, saido do Rio – onde viveu desde jovem vindo de Recife - trazendo a poesia da Ocupação Manuel Congo do qual ele tem toda a responsabilidade de difusão desse movimento, ao mesmo tempo descobrindo seu ator, refinando seu músico... Pegando aquele livro pai e comendo-o não lendo... Vivendo no seu corpo entendendo todos os primeiros pontos independentes de crescimento que um ator pode ter... se informar, experimentar, escutar... e assim vai nesse momento buscando esse super objetivo, comer a idéia do super objetivo...
O Rafa, agora fazendo O Poeta começa a se expressar como poeta não no seu lado ator simplesmente, do qual ele vem se questionando e por isso vejo-o em são Paulo... mas está conseguindo colocar o poeta dele, que desenha, o poeta apolíneo.... ou mesmo o poeta ático!!!! Criando toda uma textura e imagens com a Colméia do Conhecimento, corpo visual, primeira camada da chegada da Rádio Nirvana em pontos do Bixiga... Sem contar a questão que ele se coloca como ator, como disse... aqui ele me faz descobrir junto a ele nos ensaios o poder da crítica, e o poder de atuar sem o preconceito da crítica nossa maior busca; desvencilhando do teatro do Rio; mesmo o teatro que não é muito a favor dos monólogos lá encenados que tem a crítica e escracho, a produção do sentimento e da emoção fica no plano da negação do que existe e não na construção de algo outro. Aqui estamos vivendo no corpo isso. Essa volta sobre si.
O Aca embora ainda me pareça estar tímido com seus estudos, tem o corpo mais presente nos ensaios, é tão presente que extravasa nos seus braços na excitação... E sendo ele afim de trabalhar o Hierofante como um bastão retirá-lo para fora de si e poder trabalhar o jogo tem sido uma grande morte e uma grande presença. Não que segurando seus braços ele será um melhor ator, ou pior ator se os mexe tanto...não. Creio já termos ido para um outro lado da percepção do nosso corpo para essa peça, nossa tresvaloração. O mais interessante está sendo que - mesmo que do subconsciente coletivo - estamos parando nos valores das atuações, ao invés de valorá-las estamos fatiando a peça lentamente saborosamente. E o personagem dele é para isso. Sua presença é total e isso traz o teatro a possibilidade de fazer nascer esse teatro.
Fora eles, tem as pessoas novas. Chegam novos corpos da produção desse corpo para ser queimado. Novas sete novas coragens em cada um.
A Barbara por exemplo vem agora de Beatriz assimilando como ela diz todas as mulheres, inclusive quem passou por essa Beatriz no Rio, e todas as Atrizes. É doloroso. Emocionante. E a emoção vem fácil para a personagem, a atriz nem se fala. Ta sendo cavalo. Corpo em resistência vivendo a criação desse boneco que é ela fora dela, produzindo voz sintética... E vive a questão da personagem : BE Atriz. Ser atriz. Ah! O mais importante; está imprimindo esses sentimentos.
A Naná literalmente chegou sem saber que chegou sendo A OUTRA. Todas as idéias dela por mais que ainda estejam em estado de reconhecimento, subterrâneo em si – afinal estamos no Páis do Indivíduo dentro da montagem - , para podermos criar e imprimir ela está presente não só pela sua presença física, vai é um pouco mais pralém, - pelo carinho e a emoção das descobertas facilmente reconhecível em seus olhos... e nos ensiaos, ou nas filmagens que fizemos se você atentasse a escuta ouviria a música dela falando o texto da Beatriz enquanto maquiava a atriz para a filmagem teatro laboratório... o que produziu imagens lindas... o comentário de idéias ainda guardadas para serem expostas e abertas do abscesso fechado... ela tá segurando a Be-Atriz no seu alter ego, está sendo A OUTRA. Embora a personagem A OUTRA seja um coro, ela vem naiscendo coriféia.
Isso falando dentro do que vejo e do que me propus com todos na MORTA. Existe muito mais em cada um do que consigo agora descrever já que nossa criação é constante e agora em difusão.
AH!
Mais os músicos Victor, Ale, Luiz, Xicó e Fadel.
O Luiz, o mais presente começa a soltar alguns estudos das coisas que temos descoberto para a música, referencias idéias partituras, até sua colocação no trabalho silenciosa.
O Xicó e o Fadel estão chegando devagarinho, para a questão sonora digital virtualizada. Enquanto o lado ao vivo, vivo e acústico elétrico o Victor, Ale e Luiz darão conta na peça viva. Para a trilha tudo de som e música criação fica por conta da mesma.
Ah! Sem esquecer o Yoda, atuante no Dulcynelandia como Bixigão ou é um saci mesmo. Parceiro que tem sido uma enfermeira Sonabula, quem mais conhece daqueles computadores com os sistemas de software livre-sssssssssssss...
Esse coro de sacis que se propôs se comunicar com o Rio para abrir o teatro Dulcina, produz com parceria do Bixigão tanto a realização dessa obra homenagem À MORTA-Dulcina(s) como realização de uma obra de universidades, onde o Bixigão com a estrutura em filosofia física possibilita a todos saberem que será necessário a FUNARTE propor o mínimo de estrutura para os CHUTES surgirem esse ano como universidades através de um trabalho com crianças da ocupação Manuel Congo e os artistas interessados na renovação do Teatro Dulcina, já que a posição do presidente Sérgio Mamberti na última reunião - convocada por ele mesmo - foi de que eles não queriam mais que nós, sacis, fizéssemos “voluntarialismo” para com o espaço público. Reproduzindo o que ele disse e disse para nós para mim eu estava lá : “- Não queremos mais que vocês façam voluntarialismo...’Ah! o governo não faz vamos nós lá fazer.’ Não. Nós queremos que seja um trabalho em conjunto.” Sem privilégios. O que nós mais lutamos contra, e por isso sempre se juntou pessoas na porta do teatro e o trabalho de universidades oficinas aconteceria dentro do teatro, prédio, com a Ocupação Manuel Congo, ocupação de um prédio de frente para o teatro, que foi comprado do INSS pelo MNLM - Movimento Nacional de Luta pela Moradia - . Do qual com a conquista desse prédio através de um projeto de moradia para os trabalhadores no centro do Rio de Janeiro, merecem ter um teatro, até o prédio inteiro para uma educação cultural viva com os artistas que ali circularem e as crianças adultos e todo o público do centro.
E como ele também disse que o teatro não abriria agora pois a FUNARTE estava se organizando com essa nova direção, ele nos abriu a oportunidade de propor para a FUNARTE representado pelo Marcelo uma idéia para o Dulcina; dissemos de continuarmos na porta fazendo um experimento vivo de como seria um trabalho dentro do teatro. Não só nós do Dulcynelandia que resolvemos levantar a À MORTA e pra isso saímos do Rio para um intercâmbio de universidade livre antropofágica, os artistas do Rio esperam a renovação e a abertura desse teatro. Por isso todos lutam agora para que os CHUTES re-aconteça em outro formato e com uma parceria da FUNARTE para que o Teatro continue vivo, como ficou vivo desde a ocupação na porta aos domingos nos CHUTES, com vários artistas e públicos de diversos tipos. Que a FUNARTE apóie os primeiros trabalhos com a Ocupação Manuel Congo outros artistas e a proposta do Dulcynelandia pela Karina e Alexandra em suas universidades no Rio.
Vamos continuando À MORTA. E para que todos acompanhem estaremos on line com os vídeo da peça que são a entrada de São Oswwwaldo, as memórias de BEATRIZ - COLAR TRUNCADO. Vocês podem ler o texto também e está no blog do movimento que logo logo virará um site.
Fica aqui declarado minha universidade de descobrir a direção da ÀMORTA e a criação de seu boneco. Pretendo toda semana levantar um texto dossiê sobre os avanços dos ensaios as idéias indivíduos e descobertas. Sendo assim um ponto de comunicação com o espaço Dulcina que vai além do virtual para nós aqui em Sampa, pois mantém a presença de criação em relação ao Dulcina porém em um lugar onde, além da estrutura, ganhamos força na questão da busca da UNIVERSIDADE LIVRE.
Agradecido a todos pela força e continuidade
À vocês companheiros nessa difícil aterrissagem
Em frente
Sorridente
São Oswaldo.
Diário Confesisonal
11 de março de 2009
Diretamente do PAÍS DA CAATINGA

Nenhum comentário:

Postar um comentário